História da Puma Automóveis

O Puma é um dos maiores ícones da indústria automobilística brasileira. Fundada em 1964, a marca Puma Automóveis produziu esportivos de design arrojado, mecânica confiável e desempenho invejável para a época. Mesmo sendo de pequena escala, a empresa conseguiu se destacar tanto no Brasil quanto no exterior, atraindo uma legião de fãs até hoje. Vamos explorar a história, os modelos mais marcantes e o impacto cultural desse clássico nacional.

História da Puma Automóveis

A história da Puma começou com o empresário e piloto de corridas Rino Malzoni, que tinha o desejo de criar um carro esportivo nacional, inspirado nos modelos europeus da época. Em 1964, ele fundou a Luminari, a precursora da Puma, com o objetivo de desenvolver automóveis de competição, principalmente com a carroceria de fibra de vidro, que oferecia leveza e aerodinâmica superior.

O primeiro carro desenvolvido foi o GT Malzoni, um veículo criado para competições e baseado na mecânica da DKW-Vemag. Este carro foi bem-sucedido nas pistas, mas Rino Malzoni queria algo mais voltado para as ruas. Então, em 1967, nasceu o Puma GT, um esportivo que combinava a mecânica robusta do Volkswagen com um design inspirado nos grandes GTs europeus.

Características dos Modelos Puma

Os Pumas eram conhecidos pela carroceria de fibra de vidro, uma inovação no Brasil naquela época, que garantia leveza e resistência ao veículo. Seu design era inconfundível, com linhas elegantes e aerodinâmicas, faróis redondos e traseira inclinada, o que trazia uma esportividade natural ao modelo.

A maioria dos Pumas usava a plataforma e a mecânica da Volkswagen, o que facilitava a manutenção e garantia confiabilidade mecânica. O Puma GT, por exemplo, era equipado com o clássico motor Volkswagen de quatro cilindros, refrigerado a ar, o que proporcionava bom desempenho sem sacrificar a durabilidade.

Modelos mais icônicos

  • Puma GT (1967–1970): Baseado no Fusca, o Puma GT foi o primeiro carro da marca voltado para o consumidor civil. Tinha motor traseiro de 1.5 e 1.6 litros da Volkswagen, e sua produção inicial foi pequena, mas o carro logo ganhou popularidade pelo design inovador e esportivo.

  • Puma GTE (1970–1985): O modelo GTE foi uma evolução do GT. Era equipado com motores Volkswagen de 1.6 e 1.7 litros, que ofereciam mais potência e performance. O design também recebeu atualizações, com faróis embutidos e uma traseira redesenhada, se tornando um dos maiores sucessos da marca.

  • Puma GTS (1973–1985): Versão conversível do Puma GTE. Era equipado com motores Volkswagen de 1.6 e 1.7 litros, que ofereciam mais potência e performance. O design também recebeu atualizações, com faróis embutidos e uma traseira redesenhada, se tornando um dos maiores sucessos da marca.

  • Puma GTB (1974–1987): Um dos modelos mais ambiciosos da Puma, o GTB usava a mecânica do Chevrolet Opala, com motores de seis cilindros, oferecendo mais potência e torque que os modelos anteriores. O GTB foi um verdadeiro esportivo de luxo, com mais espaço interno e desempenho superior, tornando-se o carro de maior prestígio da marca.

  • Puma P-018 (1980-1985): Lançado na década de 80, o P-018 trouxe uma carroceria redesenhada, mais moderna e aerodinâmica. Ele continuava com a mecânica Volkswagen, mas trazia melhorias no acabamento interno e nos equipamentos de série.

puma gt 69
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Puma GTE 78
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Puma GTs 79
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Puma GTB S1 74
Puma GTB S1 74

Puma GT 69

Puma GTE 78

Puma GTS 79

Puma GTB S1 74

Desempenho e Mecânica

Embora o Puma não fosse conhecido por ser o carro mais potente do mercado, ele oferecia uma ótima relação entre peso e potência devido à carroceria de fibra de vidro leve. Os motores Volkswagen, combinados com o baixo peso, proporcionavam uma dirigibilidade ágil e divertida, especialmente em curvas e estradas sinuosas.

Nos modelos GTB, com motores de seis cilindros do Chevrolet Opala, a potência era significativamente maior, com cerca de 171 cv, o que tornava o GTB um verdadeiro muscle car brasileiro. Ele era capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em cerca de 9 segundos, um desempenho notável para a época.

Impacto Cultural e Internacional

A Puma não foi apenas um sucesso no Brasil. A marca conseguiu exportar seus carros para mercados exigentes como os Estados Unidos, Europa e África do Sul, onde seus veículos eram apreciados pelo design exótico e desempenho acessível. De fato, na África do Sul, a Puma montou uma fábrica e vendeu seus modelos localmente, adaptados às necessidades daquele mercado.

Além disso, a marca conquistou seu lugar no coração de muitos entusiastas e colecionadores ao longo dos anos. Nos anos 70 e 80, possuir um Puma era sinônimo de status e estilo. Ele aparecia em filmes, comerciais e era o sonho de consumo de muitos jovens da época.

O Declínio da Marca

Infelizmente, como muitas outras fabricantes independentes, a Puma enfrentou dificuldades financeiras e administrativas no final dos anos 80. O aumento dos custos de produção, a abertura do mercado brasileiro para carros importados e a falta de inovações significativas acabaram por levar à falência da empresa em 1987.

Entretanto, sua herança continua viva através dos clubes de colecionadores e apaixonados, que restauram e preservam esses carros históricos. Além disso, algumas tentativas de ressuscitar a marca foram feitas ao longo dos anos, mas sem o mesmo sucesso do passado.

O Legado do Puma

O Puma é mais do que um carro; ele representa uma época de ousadia e inovação na indústria automobilística brasileira. Mesmo sendo uma marca de pequeno porte, conseguiu marcar seu nome na história, tanto nas pistas quanto nas ruas. Hoje, o Puma é um dos carros clássicos mais valorizados no Brasil, especialmente em encontros de colecionadores e eventos de carros antigos.

Para muitos, o Puma continua a ser uma lembrança de um tempo em que a indústria brasileira ousou sonhar grande, criando carros que competiam de igual para igual com modelos internacionais. Seu legado é prova de que o Brasil pode, sim, produzir ícones automotivos.

Curiosidades

  • O Puma era vendido como um kit nos Estados Unidos, onde o comprador montava o carro usando componentes Volkswagen.

  • A carroceria de fibra de vidro era feita de forma artesanal, o que limitava a produção, mas também tornava cada Puma único.

  • Muitos Pumas restaurados hoje chegam a ser vendidos por valores altos, dada a raridade e o estado de conservação.

Em resumo, o Puma é um dos mais amados e respeitados esportivos brasileiros, simbolizando a criatividade e paixão do setor automotivo nacional.

Valores de mercado dos modelos mais procurados em 2024

Valores atualizados em out/24 conforme pesquisas em sites de vendas de carros antigos.

Os carros Puma são bastante valorizados no mercado de carros clássicos e de colecionadores devido à sua raridade, design icônico e apelo histórico. O valor dos modelos Puma pode variar bastante dependendo do estado de conservação, originalidade, nível de restauração e a demanda do momento. Abaixo estão os valores aproximados para os principais modelos, com base no mercado atual:

1. Puma GT (1967–1970)

- Valor aproximado: R$ 80.000 a R$ 150.000.

- Fatores: Os modelos GT da primeira fase, especialmente os bem conservados ou restaurados com peças originais, podem alcançar valores mais altos. Se for um carro bem mantido e com poucas modificações, o preço pode subir significativamente, especialmente por ser o modelo de estreia da marca.

2. Puma GTE (1970–1985)

- Valor aproximado: R$ 50.000 a R$ 120.000.

- Fatores: O GTE é um dos modelos mais comuns entre os colecionadores de Puma, com boa oferta de peças e projetos de restauração. Os valores variam de acordo com o ano e o estado de conservação. Os carros com documentação em dia e restauração fiel ao original costumam ser os mais valorizados.

3. Puma GTS (1973–1985)

- Valor aproximado: R$ 60.000 a R$ 130.000.

- Fatores: Por ser uma versão conversível, o GTS é bastante procurado, especialmente em boas condições e sem muitas modificações. Modelos restaurados ou muito bem conservados podem atingir o topo dessa faixa de preço.

4. Puma GTB (1974–1987)

- Valor aproximado: R$ 100.000 a R$ 200.000.

- Fatores: O GTB é o modelo mais prestigiado da Puma, e seus preços refletem isso. Por ter mecânica Chevrolet (Opala) e ser mais raro, ele tende a ser mais caro do que os modelos com mecânica Volkswagen. Versões bem restauradas, especialmente da fase S2, costumam alcançar preços mais altos, sendo um dos Pumas mais desejados pelos colecionadores.

5. Puma GTB S2 (1980–1987)

- Valor aproximado: R$ 120.000 a R$ 250.000.

- Fatores: A versão S2 do GTB é uma evolução que trouxe mais conforto e sofisticação ao modelo, o que aumenta sua valorização. Modelos extremamente bem conservados ou restaurados chegam a ultrapassar os R$ 200.000, especialmente devido à sua escassez no mercado.

Fatores que influenciam o valor de mercado

1. Originalidade: Carros que mantêm peças originais, pintura e interior de fábrica são muito mais valorizados.

2. Restauração: Uma boa restauração, com atenção aos detalhes e fidelidade ao projeto original, pode elevar o valor consideravelmente. Restaurações mal feitas ou com peças de reposição não originais podem desvalorizar o veículo.

3. Documentação: Carros com documentação regularizada e em dia são mais atraentes para colecionadores e, por isso, tendem a alcançar preços mais altos.

4. Raridade: Certos anos ou modelos com produções limitadas são mais procurados, aumentando o valor de mercado.

5. Condição mecânica: Embora a estética seja importante, carros com boa condição mecânica, prontos para rodar, são mais valorizados do que aqueles que necessitam de reparos.

Esses valores podem variar conforme o mercado de colecionadores, a localização e a negociação entre comprador e vendedor. Modelos em exposições ou encontros de carros antigos também costumam chamar mais atenção, o que pode aumentar seu preço.

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